Ancoragem Química numa Via Ferrata - Pombeira Adventure Park - Viseu, Portugal

Num investimento superior a 200 mil euros, o Município de Castro Daire vai criar um parque de aventura no lugar da Pombeira, um ponto de interesse da Rota da Água e da Pedra. O projeto, agora adjudicado, tem como objetivo a atração turística ao território através da valorização dos recursos endógenos, em especial dos recursos naturais associados à Rede Natura 2000, Rio Paiva e Serra do Montemuro, segundo informou a autarquia através das redes sociais.
O parque irá disponibilizar uma série de atividades de exploração, com particular destaque para o Canyoning, que permitirá a descida do leito do rio a partir da zona do Miradouro e a Via ferrata. A subida até à zona do Miradouro será efetuada através da VIA FERRATA que será construída e que acompanhará o curso do Rio, subindo e descendo as paredes rochosas, alternando entre a margem direita e esquerda, que serão ligadas por 3 PONTES TIBETANAS e que possibilitarão, também, a vista panorâmica das magníficas lagoas deste local.

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Tópico
Ancoragem Química numa Via Ferrata
Obra
Pombeira Adventure Park
Cidade
Viseu
Estado
Castro Daire
País
Portugal
Data
Duração
9 Months

Situação

Para a construção teve-se em linha de conta o menor impacto ambiental sem nunca esquecer a máxima segurança em todo o itinerário. Tendo por base a exigente normativa no que concerne à concepção e desenvolvimento de Via Ferrata (EN 16869: 2017) nomeadamente nas ancoragens dos diversos elementos de fixação à pedra rochosa (pitões, degraus, ponte tibetana), bem como das instruções de aplicação do fornecedor deste tipo de soluções, era exigida uma ancoragem de elevadas prestações.
 

Solução

Posicionados ao longo da Via Ferrata nos tramos intermédios horizontais, verticais e oblíquos, a furação para ancoragem dos diversos elementos foi realizada recorrendo a equipamento idóneo, limpo e isento de óleo. Seguidamente adoptou-se um ciclo de limpeza, descrito da seguinte forma: soprar o furo com uma bomba de ar, a partir da parte inferior (pelo menos duas vezes); limpeza completa do furo com escovilhão de aço (pelo menos quatro vezes) com diâmetro maior que o furo; sopragem completa e final com bomba de ar (2 vezes). Posteriormente será injectada a resina epoxídica de alto desempenho para ancoragens químicas (dispensar as primeiras 3 misturas de material, até obtenção de cor uniforme), na parte mais profunda do buraco e, em seguida, puxando lentamente para trás o misturador, evitando cuidadosamente o aprisionamento de ar no interior, até encher 2/3 da cavidade. O elemento a ancorar limpo e isento de óleo será inserido com movimentos de rotação, dentro tempo aberto da resina (gel time). Assegurar-se que até cura total da resina (cure time), o elemento ancorado não será movido ou colocado em carga.
Os principais elementos e características a ancorar para equipar a Via Ferrata são: 

Pitões de Segurança: em aço duplex nervurado de alta aderência, 16 mm de diâmetro nominal, com profundidade de ancoragem de 200 mm e diâmetro do furo de 20 mm. A presença da nervura na superfície, comum a todos os elementos a ancorar, confere à estrutura “embebida” na resina uma maior resistência ao pull off. Degraus: aço galvanizado de Ø 16 mm, com profundidade de ancoragem de 120 mm e diâmetro do furo de 20 mm. Têm 300 mm de largura e ficam salientes da parede rochosa 150 mm. Ponte Tibetana: usa elementos de ancoragem com configuração semelhante aos pitões, mas com Ø 18 mm em aço inox, com profundidade de ancoragem de 390 mm e diâmetro do furo de 22 mm. Compilando as tensões mínimas do fabricante das peças a ancorar (Raumer), com as tensões recomendadas da resina, conclui-se que estas últimas excedem as de projecto, conforma tabela resumo seguinte.

Material

S&P ResEP 16

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