Reparação de pavimentos betuminosos - Via Rápida SP -070, Ayrton de Senna - São Paulo, Brasil

Prevenção de fissuras

Reparação de pavimentos betuminosos - Via Rápida SP -070, Ayrton de Senna - São Paulo, Brasil

A SP -070 é uma importante via de transporte que liga a cidade de São Paulo a Campos de Jordão, Vale Paraíba e Rio de Janeiro, sendo o principal acesso ao aeroporto Internacional de Guarulhos.

Tópico: Reparação de pavimentos betuminosos

Obra: Via Rápida SP -070, Ayrton de Senna

Cidade: São Paulo

Estado: São Paulo State

País: Brasil

Data: 2011

Duração: 4 Anos

Situação

Devido a uma excessiva fissuração dos pavimentos de mistura betuminosa, as vias mais solicitadas eram sujeitas a renovações das camadas de desgaste a cada 6 meses, com custos elevadíssimos, interrupções de tráfego frequentes e elevados desperdícios de recursos. Os danos severos eram provocados pela reflexão de fissuras com origem na camada de 25 cm de solo cimento, que estava totalmente fissurada devido ás condições muito instáveis dos subsolo e ao elevadíssimo volume de tráfego (90 0000 veículos em cada direcção e dos quais 15% eram veículos pesados).

Este trecho tem vindo a ser estudado e monitorizado, uma vez que está sujeito a condições extremas, e ainda, sobre uma base muito instável, dificultando muito o desempenho das misturas betuminosas. A aplicação das grelhas pré-revestidas de betume foi tão impactante que despertou o interesse da Universidade de São Paulo, que se envolveu na análise do desempenho desta solução e elaborou várias campanhas de ensaios em obra.

Solução

Entre 18 e 19 de Abril de 2011 foram instaladas grelhas da S&P em vários trechos na via 4 (mais solicitada) da autoestrada. Como os vários trechos apresentavam diferentes estados de degradação, foram sugeridas pela S&P várias combinações de grelha com camadas de mistura betuminosa, de acordo com o nível de severidade dos danos. As secções foram reforçadas de acordo a seguinte metodologia:

Do km 17+500 ao 17+600 - S&P Glasphalt® G + 5cm CBUQ (camada de mistura betuminosa em camada de desgaste)
Do km 17+600 ao 17+700 - S&P Carbophalt® G + 5cm CBUQ
Do km 17+700 ao 17+850 - S&P Carbophalt® G + 8cm CBUQ
Do km 17+850 ao 17+950 - S&P Carbophalt® G + 5cm CBUQ
Do km 17+950 ao 18+050 - S&P Glasphalt® G + 5cm CBUQ

O objectivo do uso destas soluções era aumentar consideravelmente os intervalos de manutenção para, pelo menos o dobro dos 6 meses, registados em anteriores intervenções, onde era usado o método tradicional de reparação (sem grelha de reforço).

Data	Tempo decorrido	Estado de conservação da via 4 (com grelha)	Estado de conservação da linha 3 (sem grelha)
9 de Fevereiro 2012	10 meses	Muito boas condições	Pouca degradação observada , expectável que dure outro ano de vida em serviço
17 de Setembro 2012	17 meses	Muito boas condições	Pavimentado na totalidade pela segunda vez, devido ao mau estado e problemas de segurança
23 de Maio 2013	25 meses	Boas condições	Completamente fissurada, a necessitar de uma terceira intervenção
5 de Junho 2014	37 meses	Apareceram as primeiras fissuras ligeiras, mas passou no relatório e inspeção da ARTESP	Pavimentado na totalidade pela terceira vez devido a extensa fissuração
28 Janeiro de 2015	45 meses	Sem evolução da degradação, expectável que dure outro ano de vida em serviço

Sumário

Em resumo, o reforço com grelhas S&P na via 4 demonstraram um impacto na vida útil do pavimento, pelo menos 3 vezes superior à via 3, reparada no mesmo período de tempo, apesar da via 4 se situar mais encostada à direita, logo mais solicitada por tráfego pesado. Para além disso, as grelhas de reforço de pavimentos S&P, excederam as espectativas iniciais do projecto, que era duplicar o tempo de manutenção para os 12 meses.

As grelhas da S&P são constituídas por fibras pré revestidas de betume , que em conjunto com a adequada abertura da malha, garantem uma excelente ligação da grelha às camadas adjacentes. A aderência é um factor muito importante para o desempenho das grelhas na absorção e distribuição das tensões geradas, protegendo a nova camada de desgaste e atrasando a propagação das fissuras até à superfície.

Neste caso, a S&P trabalhou em conjunto com o cliente para promover uma solução sustentável, apesar dos desafios: instabilidade da base, elevadíssimo tráfego e cargas muito pesadas que excediam o limite máximo de carga.

Em Agosto de 2015 foi efetuada uma alteração ao traçado, com novas saídas para o aeroporto. Por este motivo não foi possível prosseguir o estudo do projeto, uma vez que muitos trechos foram totalmente reabilitados e aproveitaram para melhorar as condições da base, que era o principal motivo da degradação acelerada.

Galeria de imagens

24 de Março de 2011 - Fissuras graves detetadas na inspeção da Autoestrada
24 de Março de 2011 - Fissuras graves detetadas na inspeção da Autoestrada
24 de Março de 2011 - Fissuras graves detetadas na inspeção da Autoestrada
24 de Março de 2011 - Fissuras graves detetadas na inspeção da Autoestrada
18 de Abril de 2011 - Superfície fresada na via 4
19 de Abril de 2011 - Grelha de reforço S&P aplicada sobre a emulsão betuminosa
31 de Maio de 2011 - Via 4 com grelha de reforço S&P e via 3 sem grelha de reforço
9 de Fevereiro de 2012 - A via 4 estava em muito bom estado, enquanto que a via 3 já exigia reparações pontuais
17 de Setembro de 2012 - A via 4 em boas condições e a via 3 repavimentada pela segunda vez
23 de Maio de 2013 - Via 4 continua em boas condições e a Via 3 (que já tinha sido reparada duas vezes sem grelha) apresentava-se muito danificada e a precisar de outra reabilitação
5 de Junho de 2014 - A via 4 finalmente começava a apresentar alguns sinais de fissuração mas mantendo as boas condições de segurança e com aprovação da inspeção ARTESP. A via 3 foi repavimentada pela terceira vez, sem grelhas de reforço.
28 de Janeiro de 2015 - Não se verificou nenhum avanço na degradação na pista 4, desde a última observação, expectou-se mais um ano de vida útil

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